Manoel Lira Vargas

Aqui, alguns poemas de meu avô, o qual dedicou muito de sua vida a poesia, de seu jeito claro.
neste 95 anos já presenciou cenas que fizeram sua memória planejar palavras para expressar tais atos.
Interior de Pernambuco cheio de historias.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O valor de um médico

O valor de um médico

Só se sabe do seu valor

Quando estamos doente

Ver um médico de frente

Nos tratando de uma dor

Pode ser a doença que for

Com um médico de lado

Doente fica animado

Quando ele lhe socorre

Só muitas vezes não morre

Por ter sido medicado.

Farmácia

Farmácia

Venha amigo justificar

Como se trata o cliente

Atendendo bem tanta gente

Com este mode tratar

Todo povo se respeitar

Aplicando certo a Injeção

Também se aferindo a pressão

Não tem remédio vencido

Liquido ou comprimido

Tratamos todos com atenção!

Lampião 2

Lampião

Sabemos quem foi Lampião

Era um agricultor honrado

Depois foi mesmo obrigado

Como “Dimas o bom ladrão”

Deixar de ser um cidadão

Para ser um cangaceiro

Temos que saber primeiro

Para depois poder alar

Ninguém pode lhe maltratar

Sendo Herói Verdadeiro!

Lampião

Lampião

Procure saber primeiro

Como foi minha infância

Que perdi toda elegância

De um grande brasileiro

Que me tornei cangaceiro

Perdi minha mocidade

Fora toda sociedade

Feito um sanguinolento

Só eu sei meu sofrimento

Por causa de um covarde!

Deus me Proteja

Deus me Proteja

Padre certo quem conhece

Valoriza seu trabalho

Faz tudo não tem atrapalho

Vemos quanto enaltece

Toda gente reconhece

Bom padre Cícero Romão

Dom Helder e Frei Damião

Todos nós estamos vendo

Este padre vem mantendo

Esta brilhante tradição

Poema Mitológico


Dormindo ouvi dizer que quem amava e bebia

Da água da simpatia na fonte do bem querer

Despertei-me e pus a ler os versos de Anacreonte

No reino de Faetonte no pé do monte sombrio

Junto às nascenças dos rios fui beber água na fonte

No pé de um grande rochedo achei a bela piscina

Puramente cristalina deslizando de um penedo

A sombra do arvoredo estava uma linda dama

Adormecida na grama, tinha as feições de uma fada

Era uma ninfa encantada e debaixo da verde rama;


xxx


A água estava repleta de frutas, botões e flores

Com variações de cores que admirava um poeta

De uma beleza completa eu vi a relva cobrisse

Eu fiquei como quem visse o eterno paraíso

A ninfa ofertou-me um riso, uma florzinha me disse:

Aquela ninfa é a sorte, uma filha do destino,

Compositora do hino do amor seguro e forte.

Se queres o passaporte, falai com a linda dama

Ela se ergue da cama, com muito zelo te acata

Quando a sorte é ingrata, muito padece quem ama.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quanto é Grande o Autor da Natureza


Quanto é Grande o Autor da Natureza


Nós vemos o Sol que vem brilhando

Por traz da mais alta serrania

Mostrando a todos que já vem o dia

Os Pássaros começam logo cantando

Nós vemos o mundo clareando

O Sol mostra sua fortaleza

A gente admirando a grandeza

Nós sentimos do sol tanto quentura

A Lua com aquela frieza pura

Quanto é grande o autor da Natureza


xxx


Se olhando a grande Cordilheira

Os Condores ali nela voando

La no Peru muita gente olhando

Os animais lindos na carreira

As Árvores com tanta madeira

Onde nasce o Amazonas com certeza

Nasce, faz a sua correnteza

Tantas aves tudo bem diferente

Águas salgados e doces paradas e correntes

Quanto é grande o autor da natureza


xxx


Gasta a terra na sua rotação

O Espaço de vinte e quatro horas

Em trezentos e sessenta e cinco auroras

Ela percorre toda revolução

Foi dito por nosso pai Adão

Quando olhou que viu esta grandeza

Disse Eva à rainha da beleza

Girar a terra outros planetas no espaço

Deus sustenta tudo com o seu braço

Quanto é grande o autor da natureza.


xxx


Pela física atração da atmosfera

Faz baixar o grau da temperatura

Sobe a água para certa altura

Forma a nuvem no espaço se apodera

Em estado de gelo a nuvem espera

Que o vento sopre em sua defesa

Dissolve as águas em correnteza

Forma a nuvem no espaço se apodera

Cai na terra corre para o oceano

Por estas obras nos mostra o soberano

Quanto é grande o autor da natureza


xxx


Vê-se a grande catarata

Ou a cascata como a de Paulo Afonso

Todas as águas caindo num espaço

Relembrando as elas da vulgata

Muito mais de seis anos chega à data

Que o Amazonas não para a correnteza

O oceano recebe com franqueza

Todas as águas sem minguar

Por estas obras a gente pode vê

Como é grande o autor da natureza


xxx


Os peixes nas águas são criados

Quase ninguém sabe como é

Tartarugas, cágados e jacarés

São estes anfíbios denominados

Sendo os peixes sendo mais apreciados

Os que existem nas grandes profundezas

Saindo da água eles morrem com certeza

Contém ar igualmente ao Zeppelin

Os peixes mostram assim

Quanto é grande o autor da natureza


xxx


As águas inquietas do oceano

Murmuram lutando todo dia

A maré hora cheia, hora vazia

Qualquer dia que tenha nosso ano

Sopra o vento sem nunca causar dano

Gira a terra com grande sutileza

Os dois pólos são donos desta empresa

Nosso globo é um motor funcionando

Como poeta eu vivo contemplando

Quanto é grande o autor da natureza


xxx


O profeta Moises este lutou

Contra o rei faraó lá do Egito

Com o pode de um Deus infinito

Fez da pedra pão e transformou

Os israelitas da fome ele salvou

Deu de comer a todos com certeza

A Escritura nos mostra sua fortaleza

Que em terra enxuta passou no mar vermelho

A Escrita nos mostra como espelho

Quanto é grande o autor da natureza


xxx


Quando retumba um trovão

Que o relâmpago espargiu aquela luz

A gente se lembra de Jesus

E imagina no seu próprio coração

Se Deus quisesse em nada punha a mão

E acabava com tudo de surpresa

Toda gente procura uma defesa

Um trovão na hora estremece

O próprio bruto parece que conhece

Quanto é grande o autor da natureza


xxx


Por obra e graça do Espírito Santo

Operou que a virgem Concebesse

Jesus Cristo seu filho dela nascesse

Ficando ela virgem o mesmo tanto

Criou Jesus envolvido no seu manto

Como que fosse um filho da pobreza

No terceiro dia ressuscitou

Jesus Cristo seu filho nos mostrou

Quanto é grande o autor da natureza.

Poeta Manoel Lira

O Poder da Educação


O Poder da Educação


Tratar todos sem burrice

Respeitar bem o ancião

Sendo nossa obrigação

Tratar todos com meiguice

E esta nossa ledice

Mostre bem seu conceito

Temos que viver direito

É este nosso ideal

Da meretriz a um General

Todos merecem respeito.

Explicando a postagem anterior

Em 1944, meu avô foi chamado para servir ao Exército Brasileiro decorrente da chamada Brasileira para a Guerra, na 2ª G.G. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial#Brasil). Só que aqui existe um fato curioso, ao embarcar em um carro de patrulha, pra o deslocamento, ele (meu avô), junto com mais alguns soldados pularam da patrulha e permaneceram meses escondidos na mata.

Só depois de muito tempo, meu avô voltou para casa e ficou escondido, até passar todo o Estado de Alerta.

Estado de Alerta


Estado de Alerta

Um soldado:


Procura honrar a sua farda

De Frente ou Reta-Guarda

Por Macega ou oiteiro

Risse com o desespero

Avança luta muito forte

Sem Temer, a própria morte

Homem que for assombrado

Não se meta a ser soldado

Vê falar em farda volte.